domingo, 15 de abril de 2012

15- Produção da identidade/diferença: culturas juvenis e tecnocultura

Adolescência e contemporaneidade A adolescência é uma produção social. Cada contexto sócio-histórico define uma pauta de expectativas e concepções sobre os adolescentes e a adolescência, nela incluindo aspectos fisiológicos, sexuais, afetivos, sociais, políticos e institucionais, de forma a orientar o papel dos neófitos em diferentes níveis da vida sociocultural. Além disso, aspectos religiosos, de gênero, a posição na família, a inserção de classe, e o significado relativo de cada um desses diferentes processos interferem na demarcação do intervalo entre o término da infância e a entrada na vida adulta, qualificando a duração da adolescência. O sistema semiótico no qual se insere a adolescência, hoje, engloba características tais como jovialidade, longevidade e imediatismo, mas igualmente intransigência, irresponsabilidade, labilidade emocional e imprevisibilidade. Apesar de esses aspectos estarem claramente associados a um enquadre da experiência adolescente circunscrita aos contextos socioeconômicos mais altos, tendem a ser elevados ao status de regras gerais. Tais regras demonstram sua fragilidade quando consideramos a diversidade de modos de vivenciar a adolescência, no contexto da contemporaneidade, quando incluímos na análise as diferenças entre os que vivem em deferentes segmentos econômicos; nas camadas populares urbanas ou rurais; em famílias estruturadas segundo diferentes configurações sociais e sexuais; no seio de minorias étnicas, religiosas e raciais. Fonte: "Tribos urbanas como contexto de desenvolvimento de adolescentes: relação com pares e negociação de diferenças" de Maria Cláudia Santos Lopes de Oliveira, Adriana Almeida Camilo e Cristina Valadares Assunção.

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